Meu último cliente de 2018

Pelo título desse texto alguns podem pensar "Nina, tá atrasadinha aí na retrospectiva, garota!". Hehe... talvez, mas me dei conta que no último dia 26 fez um ano que atendi e conheci um sujeito super legal que se tornou uma pessoa queridona na minha vida. Naquele período, comentei com ele sobre minha mudança no próximo mês e em seguida ele se colocou a minha disposição caso eu precisasse. E como de fato eu precisei, foi um parceirão nesse processo. 

Eu mandava mensagem: T, me arruma número de um montador... T me arruma um eletricista... e lá estava ele todo gentil. 

Lá pelas tantas, T se declarou apaixonado... pensei: que merda... mas naquela altura do campeonato eu já sabia lidar com esse tipo de situação. A paixonite do momento não era algo que eu compartilhasse, mas seria gentil e cautelosa até que passasse. E passou.

Passou no momento em que ele e a esposa tiveram uma desavença e se separam. Foi um baque para T e foi no meu ombro que ele veio chorar. 

Chorou, sofreu, ficou muito mal mesmo por meses. Em algum momento eu sabia que aquela situação se resolveria e eles voltaria, mas levaria tempo.

Como toda separação, a dele foi difícil, ele mudou de cidade e por coincidência, ele mudou para minha cidade da qual eu havia saído meses atrás. Recomeçou um novo trabalho, numa nova cidade e novos ares.

Fui para lá um mês ou dois depois da sua mudança e tomamos aquele porre na companhia de mais uma amiga minha! Foi ótimo!

Meses se passaram, ele se ajeitou e o coração foi se acalmando. Antes que o ano acabasse ele e a esposa decidiram se dar uma nova chance. Apesar da bronca que lhe dei por não ter me contado, esperou que eu percebesse e claro que eu percebi, a gente saca essas coisas, ainda assim, fiquei muito feliz.

As pessoas podem achar que uma gp não tá nem aí para casamento e a verdade é que eu tenho muito apreço. Já repeti várias vezes para muitas pessoas que se dependesse de mim eu teria continuado casada (mas ainda bem que não né? hahaha).

Quando há amor e vontade, dá sempre para consertar uma relação. A separação é devastadora, para todo mundo, ainda que não haja mais o romantismo, a rotina nos suga numa dimensão que amedronta sair dela. 

O caminho é árduo, mas é superável, a gente aceita e muda e a vida muda muitas vezes para melhor porque a maturidade nos alcança. Qualquer coisa, meu ombro tá aqui, disponível e fica tudo bem, tá?

O importante dessa história é que T e eu viramos muito bons amigos. A lição que fica é que a gente nunca sabe o dia de amanhã. Não somos responsáveis pelo emocional das outras pessoas, mas podemos sermos sempre gentil.

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Crédito da foto: Nina