O ano passado nesse dia, véspera de réveillon, às cinco da tarde, eu dirigia para uma cidade próxima para passar a virada com os meus irmãos e também conhecer pessoalmente um rapaz com o qual me comunicava há quase duas semanas pela internet. Nos conhecemos numa sala de bate-papo, quando conversamos, disse a ele que era uma garota de programa, mas na verdade, eu ainda não era. E ele disse que era casado, mas também não era.
Cheguei na cidade antes das sete da noite, parei na casa da minha família para descansar e me arrumar para a festa que aconteceria mais tarde no centro da cidade, e onde iríamos nos encontrar. Ele, como bom moço que é, foi levar a família na igreja e assim que retornou, quis ir me ver antes do horário combinado. Disse a ele que não era uma boa ideia, eu estava terminando de jantar com o pessoal, e seria deselegante sair para encontrá-lo com a boca cheio de farofa, mas ele insistiu. Passei o endereço, que coincidentemente era muito muito próximo à casa dele.
Combinamos que seria só um "oi" pra nos vermos pessoalmente e o restante ficaria para mais tarde, conversamos muito sobre gostos sexuais durante o período das duas semanas, então a expectativa estava lá em cima, sabíamos que provavelmente teríamos muita química.
Enquanto estou na frente da casa esperando, embaixo de uns respingos de chuva, num vestido branco justo ao corpo, com um decote generoso e bordado com pedras douradas, sem nada de lingerie, um salto alto transparente, um coque no cabelo e o celular a mão, vi um carro branco se aproximar e o vulto numa camisa branca, (que eu pedi que vestisse) assim que ele se aproximou, não acreditei no quanto ele era bonito.
Entrei no carro por causa da chuva, e fiquei sem o que falar, ele era mais do que eu esperava, fiquei tímida, mas conversamos um pouco, ele deu uma volta na quadra para me mostrar onde morava, e assim que me deixou de novo em frente a casa, nos beijamos, com toda aquela aquela energia sexual no ar, seria difícil não se pegar antes da festa. Ele me perguntou se eu realmente estava sem calcinha, então peguei sua mão e coloquei lá embaixo, assim que ele sentiu minha pele, seu membro enrijeceu na calça, e ao beijos, ele me penetrou com os dedos dentro do carro, quase subi no seu colo e dei para ele ali mesmo, mas segurei a onda e combinamos de nos encontrar dali uns minutos na festa.
Cheguei no local do evento, poucos minutos depois da meia-noite, os fogos ainda estouravam no céu e todo mundo se abraçava, reencontramos, dali em diante, ele não largaria mais da minha cintura durante toda a festa. Ele tinha um tom de voz grave que eu adorava, era
divertido e tinha uma risada melodiosa, os olhos num tom castanho claro
indecisos, mas um olhar muito marcante, tudo isso em 1.80 de altura. Ficamos o tempo todo abraçados, me senti segura, com sorte e feliz.
Aguentamos ficar na festa por mais duas horas na marra, porque a vontade era correr para sua casa, me livrar das roupas e buscar comprovar tudo aquilo que conversamos sobre sexo. Fomos para lá às duas da manhã, depois de tirar o pouco que tinha, tomei um banho e quando cai na sua cama, ele caiu com a sua boca no meu sexo, e eu pirei. O bendito tinha uma leveza na língua impressionante, sabia bem o que estava fazendo, e sempre com um olhar penetrante, sincronizava dedos e língua com perfeição. Retribuí, e via no seu rosto que também estava impressionado, me disse que eu deveria dar aula de sexo oral... rimos. E por quatro horas ficamos ali na sua cama se acabando em sexo, era tudo novidade. Foi a primeira vez que fiz sexo anal, só ele, na época, conseguiu me deixar curiosa para experimentar. Valeu a pena, com toda a energia sexual que combinávamos foi fácil e gostoso. Aprendi e gostei.
Às 6 da manhã precisei ir embora porque tinha compromisso no almoço, mas dali em diante foram mais quatro semanas de sexo intenso nos fins de semana, ora eu ia para a cidade dele, ora ele vinha. Combinamos que seria só sexo, falhamos. Dias se passaram, situações ocorreram, e rompemos. Foi um janeiro intenso de sexo, e os meses seguintes de intensas lágrimas. Sofri fevereiro, março, abril... final desse último mês decidi começar como acompanhante, e não me envolver mais emocionalmente era um dos motivos.
Não nos falamos mais, os meses passaram, pessoas saíram e entraram na minha vida e aos poucos consegui esquecê-lo, embora o carinho tenha ficado, o resto não.
Ironicamente, faltando apenas três dias de completar um ano da primeira vez que ficamos, ele me envia uma mensagem:
"Tudo bem?, Podemos conversar? Vi seu anúncio no site e o seu blog. É SÉRIO?
....
Assim que li a mensagem, uma descarga de adrenalina me invadiu. Eu sabia que em algum momento ele me acharia lá, mas não assim, ás vésperas de quase um ano.
Nas mensagens seguintes ele dizia não acreditar e se sentia culpado. Liguei e conversamos. Expliquei meus motivos a ele, não que eu precisasse, mas pela sua preocupação, que achava que eu estava infeliz fazendo o que estou fazendo, que tinha medo de que quando eu chegasse em casa depois de um atendimento, eu me sentisse vazia. E esse é um sentimento que eu NUNCA tive.
Tive sempre muita certeza de onde estava me metendo, desde que comecei e nunca, nunca me arrependi um único instante.
Conversamos por uma hora, me pediu desculpas pelas as últimas situações que me magoaram muito, e fiquei feliz pois eu sempre esperei por elas. E por mais que hoje eu já não sinta mais nada, o carinho sempre fica. Esclarecemos as coisas, me contou piadas, rimos muito, e encerrou a ligação com um "foi muito bom falar com você".
No fim das contas, numa virada... o que começou bem também se encerra bem às vésperas de outra. Sou grata! O ciclo fechou!
O Ciclo não se fechou, apenas está começando...
ResponderExcluirNão se esqueça que pode contar comigo mocinha.
Curti a nossa história, e todos os momentos em que passamos juntos, só tenho que agradecer você.
Obs: Esqueceu de dizer que estava muito molhadinha quando toquei você no carro né... kkkk
Ótima observação! Gostei do seu apoio! Grande beijo e volte sempre!
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