Tem dias que eu tenho tanto para escrever e nada sai da cabeça, não do jeito que eu quero. Ideias não faltam, tenho um artigo aqui encubado há dias que já perdi a conta de quantas vezes já o reformulei, mas ainda não está pronto.
Enquanto isso não para de martelar em minha cabeça uma pergunta que sempre volto a ouvir de clientes:
"Você é uma ninfomaníaca? Não. Sempre respondo rápido com a certeza que não, mas acordo numa manhã de sábado sedenta por sexo como vampiro por sangue. Eu seria? Confesso que não tenho base de comparação para saber qual a normalidade de atividade sexual entre as mulheres, não posso (eu poderia, mas não devo) simplesmente chegar para as minhas amigas e perguntar se elas sentem vontade de fazer sexo todos os dias.
Homens sentem, não sentem? Seria eles todos ninfomaníacos?
No dicionário da Academia Brasileira de Letras, a definição para a palavra é: Pertubação sexual de origem psiquíca ou endócrina que se manifesta pela exageração dos desejos e necessidades sexuais da mulher. Curiosamente, a definição está atribuída a figura feminina porque para o masculino o termo correto é Satiríase.
O que caracteriza uma ninfomaníaca é a obsessão e a compulsão. A mulher compulsiva por sexo não escolhe parceiros, não limita um perfil. É tomada pela força das suas vontades, da impulsividade e transa com qualquer um a fim de sentir-se saciada, mas nunca realmente está, daí ter histórico médico de mulheres que tiveram cinquenta relações sexuais em um único dia. O desejo é psicológico.
Uma vez sanada nossas dúvidas (que alívio), e chegarmos a conclusão que eu não sou, e estamos de acordo com isso, certo? O que acontece é, tenho estímulos sexuais muito mais do que normalmente outras mulheres tem. Obviamente porque estou mais exposta e recebo muitos elogios e olhares o tempo todo. Também não tenho tanto cansaço mental como a maioria das pessoas, e não que eu seja uma à toa. Tenho uma rotina como muitas outras
mulheres, tenho uma filha que muitas vezes me faz sair durante o intervalo da faculdade para leva-la numa atividade extracurricular, tenho que estudar muito em casa porque na faculdade as aulas são só uma pequena base, um pequeno lar onde eu mesma cozinho, limpo, lavo e passo, escrevo trabalhos acadêmicos e artigos
comercias, preciso sempre tirar fotos novas para manter meu anúncio, preciso escrever os posts do blog, daí a minha irregularidade nas postagens... mas enfim, aprendi como os homens a organizar os problemas em caixinhas. Não importa o que está acontecendo lá fora, eu sou uma mulher, eu tenho um corpo, eu tenho desejos, eu nutro esses desejos di-a-ri-a-men-te.
Se estou no quarto com alguém fazendo sexo, eu realmente estou ali, não estou pensando na conta que preciso pagar ou na roupa que esqueci no varal antes de sair de casa. Daí a minha "insaciedade" sexual. Os homens (normalmente) são assim, dividem seus problemas nas tais caixinhas mentais (não sabe do que estou falando, então clica aqui), e quando estão numa determinada atividade, eles realmente estão ali, estão curtindo o momento. E não é normal querermos mais daquilo que curtimos, daquilo que gozamos (literalmente e não)?
Então não, não sou uma ninfomaníaca, quando muito sou só uma boa puta safada dentro das quatro paredes.
Por vezes existem decisões que podem ou não ser discutíveis. Mas a verdade é que cada pessoa escolhe o seu caminho
ResponderExcluir.
Feliz fim de semana.
Muito bom! Cada pessoa vive os estilho de vida que lhe provém. :))
ResponderExcluirBeijinhos molhados ;)))
Muito bom texto. Parabéns
ResponderExcluirBeijoos
Sim, é isso que estou procurando!
ResponderExcluirAbraços