Aventureiro

"Salto de paraquedas". Pensei, "nunca tive vontade". Subir num avião e me jogar de lá confiando num peça que pode abrir, ou não. Não sei se vou chegar viva lá embaixo. De jeito nenhum.

Opa, se pensar bem, a vida é um gigante pulo de paraquedas de onde a gente se  joga todos os dias. Pois bem, filosofias à parte, atendi um sujeito que tem uma queda grande por esportes radicais. Um aventureiro radical. Totalmente! 

Inicialmente combinamos apenas um jantar, na capital é necessário fazer algumas concessões. Ele foi pontualíssimo, eu que precisei atrasar por quase uns 30 minutos. Uma volta na cidade e paramos num lugar bacana. Pedimos a bebida, o prato da noite e conversamos, por horas. A vantagem de sair com alguém que tem muitas experiências e muito conteúdo é que o assunto não acaba. Me contou sobre alguns relacionamentos amorosos, sobre seus esportes, sobre a profissão... E quando assustamos, o restaurante já estava nos entregando a conta, uma maneira sútil de dizer ao cliente que o expediente encerrou. Justo.

A caminho de casa ele propôs dar continuidade. 

Recentemente adotei uma regra. Existe uma frase que diz "se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve". No sexo é assim também, se você não sabe o que quer daquela noite, qualquer coisa que o cara fizer tá valendo. No meu caso, eu prefiro saber o que quero. Uma boa companhia e uma boa comida. Nos dois sentidos. Pensei, "se ele gosta de se jogar de cabeça, vou jogar a sua lá para baixo". 


Para minha sorte, ele usar a cabeça e a boca, mas me joguei num orgasmo mesmo foi com meu combo preferido: penetração e estimulação. Não tem erro. Já o aventureiro, não resistiu muito tempo quando fiquei de quatro e pedi uns tapas na bunda, "sacanagem isso" - comentou. 

No fim da noite, acertamos os combinados e cada um seguiu sua vida. Ele vai continuar se jogando das alturas e na vida aventureira que leva. Eu prefiro manter-me no chão e só me jogar na cama depois de um dia assim. 

Beijos,
Nina



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