A vida embaixo dos panos



Depois de muitas semanas sem atualizar meu conteúdo, ironicamente venho fazer isso no dia primeiro de abril, conhecido como dia da mentira. Pensando nos últimos acontecimentos da minha vida, tenho que concordar que é mais fácil ter uma vida "de mentira". 

Atendo uma ligação no horário do almoço e escuto a pergunta: "Tá trabalhando? Aonde? Fazendo o que?

Dar satisfação social é um fato irrefutável. Tem que se dar e pronto. Comecei a me questionar se realmente não seria mais fácil ter um trabalho "comum". 

A palavra prostituição significa receber por serviços sexuais, mas há aqueles que vendem seus serviços por um preço muito inferior do que valem, a isso também é atribuído o conceito de prostituição. A única diferença entre os profissionais é que alguns prostituem seus serviços intelectuais, outros os braçais e as prostitutas seus serviços sexuais.

Desde que me tornei uma acompanhante passei a ver o sexo como uma coisa simples. Você escolhe com quem, vai lá e faz e pronto, a única diferença é que no final, recebo por isso. 

Não muda em nada quem eu sou, as outras atividades que desenvolvo, não muda em nada minha índole. Eu poderia dar para a mesma quantidade de cara e não receber nada por isso, nem um “Bom Dia” na manhã seguinte, mas escolhi receber, e por incrível que pareça, sou mais bem tratada agora.

Não tenho que dar satisfação para homem nenhum e nem cobrar atenção. É um jogo aberto. Todo mundo sabe como funciona as regras, é só jogar.

O problema é que tudo isso tem que ser bem “embaixo dos panos”, como se fosse um universo paralelo, porque a mesma sociedade que arrecada milhões nesse mercado, não aprova esse tipo de entretenimento pago.

Daí, inventar uma vida “de mentirinha” é bem mais fácil para agradar os interessados na vida alheia, que dentro das suas prórprias vidas "de verdade" estão sempre ocultando seu lado pinóquio. 



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