REAÇÃO EM CADEIA - parte I

Quando vi Bruce entrando pela porta, todo uniformizado, do jeito que faz muitas mulheres suspirarem, me senti privilegiada. Essa tarde promete, pensei. Colocou sua mochila e sua roupa no canto e foi tomar uma ducha. Voltou enrolado numa toalha branca, com algumas gotas ainda escorrendo no seu peitoral de pele clara e lisinha. Braços e mãos tatuadas, segurava aquele pedaço de tecido felpudo esfregando no corpo onde ainda tinha umidade. Seus olhos pequenos me encaravam com curiosidade, os lábios grossos entreabertos e logo abaixo aquele furo no queixo... aquele furo no queixo era a minha perdição.
Não me lembro mais qual foi a brecha em que avançamos um ao outro e pele com pele resultou em explosivos orgasmos. E dali em diante, Bruce me visitaria mais e mais vezes. Passávamos madrugadas conversando e transando. Com o passar dos dias, toda vez que chegava me cumprimentava segurando a minha nuca com as duas mãos e me beijava intensamente depois de balbuciar no meu ouvido:
                - Oi meu amor.
Me ludibriava, claro. Fazia parte da sua personalidade sedutora. E com a mesma intensidade dos beijos, arrancava qualquer vestígios de roupa no meu corpo, e na cama, corria a língua na minha pele me deixando enlouquecida, e quando a sua boca tocava a minha boceta do mesmo jeito que tocava a minha boca, as minhas costas arqueava em direção a ele como quem deseja ser consumada naquele mesmo instante por inteira.
Eu devolvia na mesma moeda, com a minha língua que descia pela ponta carnuda da sua orelha, passava na sua nuca e parava um pouquinho no seu peito, cravando meus dentes levemente em um dos seus mamilos e apertando o outro com a ponta dos dedos. Descia pela sua barriga e parava no seus testículos só de maldade. Com a ponta da língua, deslizava até a cabeça do seu pau, para em seguida, cobri-lo inteiro com a minha boca. Dali em diante, sentava nele, rijo, latente, e cavalgava enquanto as nossas bocas se embolavam e a pele se derretia naquele fogo.

Entre as tantas sacanagens que rolava ao pé do ouvido, Bruce pirava quando eu dizia que queria um amigo seu me fodendo na sua frente.
Um dia, Bruce chegou no fim da tarde e passaria a noite comigo, eu o avisei que ainda tinha um atendimento agendado para finalizar naquele dia. Sua imaginação foi a mil. Insistiu que tinha que me penetrar ao menos um pouquinho antes que eu saísse de casa. E assim o fez, me chupou e me deu duas penetradas fundas antes que eu corresse do quarto para tomar banho e me arrumar.
                - Venha de lá sem tomar banho. Quero você desse jeito.
Ordens são ordens.
Entrei no carro e me dirigi para a suíte de motel em que meu último cliente do dia me aguardava.
Continua...

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