Conheci um rapaz do Rio de Janeiro circulando a trabalho na
minha cidade. No "currículo", quarenta anos com rosto de molecão. Divertido. No primeiro áudio que me enviou, reparei que o sotaque era tão carregado, que pensei: Jesus, o Comando Vermelho chegou
na cidade.
Suas características físicas lembravam um pouco o personagem do filme Carros.
Topei tomar uma cerveja com ele, mas só para
distrair e conversar. Estava numa semana difícil.
A conversa flui e ficamos um longo tempo papeando. Mas depois
de três canecas de cervejas artesanais, eu já estava um pouco mais fácil que o
normal. Me acompanhou até o meu carro, depois disso, só me recordo da
velocidade em que ele chegou perto e me atacou com um beijo. Para uma
noite que eu não havia colocado expectativa até foi bem interessante.
Depois desse dia, foi embora trabalhar em outras cidades da região. Mantivemos contato, vez ou outra me mandava mensagens fofas escritas à mão. Eu que sou das letras, gostei, claro.
No fim de semana que viajei, mandei uma mensagem dizendo que tinha acabado de chegar na Capital. Ele retornou dizendo que estava em Goiania a trabalho, mas que se soubesse que era fácil para eu ir à Cuiabá, teria ficado por lá para nos encontrarmos de novo.
Pensei: "mas essa criatura não mora no Rio? Por que
ele ficaria aqui no fim de semana?". Tá errado.
Passou-se mais alguns dias, coloquei ele em contato com a
minha prima para tratar sobre um assunto de trabalho. Ela o achou muito
divertido, o que era normal.
Num outro fim de semana em que viajei novamente para lá, assim que mandei mensagem contando da minha chegada, no mesmo se-gun-do recebo a dele que dizia:
"Mudei para Cuiabá, acredita?".
“Não.” – Pensei.
Opa! Tá errado! Como alguém decidi uma mudança de Estado em
tão poucos dias?
Ainda assim, não dei moral para o alarmezinho interno e
combinamos de sair nós três para beber, ele, minha prima e eu. Fomos para um
barzinho. Deixamos ela em casa no final da noite e fomos para a "casa
nova" dele na cidade.
Para quem se mudou numa semana, o apartamento estava muito
organizado, inclusive com internet wifi (normalmente leva uns 15 dias do pedido
a instalação), "Vai ver ele tem Toc, né?" Pensei!
Depois da saída com a minha prima, jogou um verde para ver se rolaria alguma coisa entre nós três. Falei para ele: "Coração", sou da putaria, mas incesto é demais para minha cabeça. Não vai rolar". Ele insistiu, eu lhe disse, toda segura, que se ele quisesse tentar a sorte com ela, poderia, mas não me envolvesse.
Tentou mesmo. Investiu pesado. Num tom de brincadeira, mas daquele tipo que: se topar é sério, senão era só sacanagem.
Até chegamos a fazer sexo a três, mas com uma amiga dele. Numa tarde, mandou uma mensagem falando que tinha um negócio legal para gente fazer. Me buscou, passou num hotel, pegou uma loira e fomos parar no motel. O mais engraçado é que a tal amiga loira era casada, psicóloga e para o marido, estava fazendo um curso de terapia. Fez curso na prática!!!! Sempre lido com homens contando essas histórias, mas quando vem de uma mulher, eu ainda fico: poooorra!!!!
Mais uns dias depois, combinamos de sair novamente, quando chegou na hora, ele deu bolo, disse que precisaria ficar com o filho. Oi? Que filho?
"Seu filho não mora no Rio?" - Perguntei.
"O mais velho sim, mas o caçula é daqui".
Oi?
"Quantos anos tem seu filho que mora
aqui?".
"Tem 12".
Oi?
"Nossa, você chegou no Mato Grosso e já arrumou um
herdeiro! Você é foda hein!". Zuei para disfarçar o clima de "pega na
mentira".
Como dizia meu pai, “malandro é o pato que nasceu com os
dedos grudados que é para não usar aliança”.
O que me incomodou nesse cara foi ele querer demonstrar um
estilo de vida que não tinha. Alguns homens subestimam nossa capacidade de
entendimento de uma situação. Era tão desnecessário ele omitir que já morava em
Cuiabá há tanto tempo e que inclusive já tinha feito um filho lá. Fora a
investidura pesada na minha prima e outras coisinhas. Não abri sobre minha vida
de gp para ele, teria feito isso se eu sentisse confiança, mas não senti. Então
foi engraçado observá-lo como inventava tanta historinha... Um dia me falou que
corria 15 km por dia, num outro momento mandou uma foto com umas perninhas bem
de “saracura”. Essa criatura não corria nem até o banheiro.
No fim das contas, a aparência de moleque também se
aplicava às suas atitudes. E desses, estou correndo para bem longe! Se não
aceito sair com eles nem recebendo para isso, imagina de graça.
...
Beijos,
Nina
Olá:- O que não fazem 3 canecas de cerveja
ResponderExcluir.
* Blogue:- Quatro ÂNUS de vida ...luxuria e prazer. *
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Deixando um sensual abraço.
Passando a fim de desejar boas saídas do Ano velho (2018) e uma entrada em 2019 com muita saúde, paz, amor, erotismo, e boas publicações
ResponderExcluirPróspero Ano Novo de 2019.