Quando comecei escrever o primeiro texto sobre o Tinder, eram para ser vários, de uma outra perspectiva parecia mais divertido.
Conhecer alguém novo é sempre "uma aventura", como dizia minha amiga nos tempos de Chat. E realmente algumas foram, aventuras traz sensações de primeiros encontros que normalmente nos esquecemos como são.
Conhecer alguém novo é sempre "uma aventura", como dizia minha amiga nos tempos de Chat. E realmente algumas foram, aventuras traz sensações de primeiros encontros que normalmente nos esquecemos como são.
Com o Senhor M foi assim, um perfil super discreto, notificando a necessidade disso. No whatsapp, um sujeito lindo, educado e atencioso. Ao vivo, mais bonito ainda, educadíssimo e tão atencioso quanto. Combinamos primeiro um café, numa outra oportunidade um bar e na próxima, fomos para sua casa. Daí em diante, houveram alguns fatores desmotivacionais. Tem gente que dá vontade ser só amigo, porque sendo amigo, temos a liberdade de "dar uns tapas na cara" e dizer: ow, acorda para vida, olhe para sua vida! Um sujeito lindo, inteligente, funcionário federal, com a vida profissional quase resolvida, se não fosse o fato dele estar fora do seu habitat natural. Por mais que ele estivesse no "emprego dos sonhos", era nítido no olhar a tristeza por morar num lugar que não desejava. Eu já descobri que minha função na terra não é tentar mudar ninguém, não havia nada que eu pudesse fazer para melhorar o ânimo do rapaz, preferi não vivenciar isso.
Depois de algumas semanas, conheci o senhor W, totalmente oposto. Um pouco mais reservado em alguns aspectos, quase um cinquentão, mas com cara e disposição de menino de trinta anos. Ironicamente moramos na mesma cidade em Minas, mas em épocas diferentes. Inicialmente me convidou para um chopp, numa segunda vez, para jantar e depois disso, perguntou se eu queria dar uma volta. A volta era até a sua casa. Pensei "é sério"? Antigamente uma volta era literalmente passear pela cidade. Não que eu não fosse para casa dele em algum momento talvez, mas eu gosto de ter a opção de ir ou não. Se eu aceito, eu já sei o que vou fazer, não gosto de surpresas. Nos vimos para mais uns três encontros, até ele encontrar meu perfil como Nina. Percebi quando soube, mas me dei o direito de abrir para a conversa só uns dias depois. Eu não via porque contar, não queria exposição, não queria sair para as baladas, só queria sexo e ficar em casa. Nos encontramos mais algumas vezes, talvez tenha sido o mais longo nesses últimos meses. Daí foi me batendo um medo de ficar sério demais quando ele começou a mandar algumas indiretas sobre eu arrumar um "trabalho" de verdade. Me chateou. Alguns homens, e ele não foi o primeiro, devem pensar que levo a minha vida a "deus dará", que essa fase como gp é só curtição. Na verdade, eu tenho o planejamento da minha vida muito bem resolvido. Sei exatamente o que estou fazendo para chegar aonde eu quero. Como dizia o Chapolin "Todos os meus movimentos são friamente calculados". Não brinco de ser acompanhante, eu levo isso muito a sério porque o dinheiro que me pagam para isso é alto. Então fui me afastando do senhor W, mas desejo que ele encontre alguém que tenha mais a ver com ele, é um sujeito bacana, pontualíssimo e também muito inteligente, merece alguém a altura.
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continua
continua
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